domingo, 4 de outubro de 2009

Criança a alma do negócio.



Este documentário é muito interessante e assustador!
Vc já levou seu filho a uma horta real ou tudo que ele conhece vem do supermercado?

Quem veio primeiro o ovo ou a galinha?
_Galinha bota ovo, não é aquele negócio que fica no frizzer do supermercado?

Para pensarmos, refletirmos e agirmos o ovo tá esquentando e sabe-se lá que bicho vai sobreviver...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Hora de Acordar!!!!!



mobilização global!!!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

ENTRANDO EM CONTATO _encontro de contato improvisão floripa


ENTRANDO EM CONTATO


De 29 de julho a 05 de agosto, a cidade de Florianópolis, recebe 3 profissionais da Dança Contact & improvisation e Dança Movimento Terapia para uma semana de oficinas, jam session, aula aberta, trilha dança e troca de experiências e aprendizado mútuo.


Informações e inscrições: Ana ( 9955 6777)
dancacontatoimprovisacao@gmail.com


Local: Centro Integrado de Cultura – CIC. Sala 46 de dança.

Apoio: Oficinas de Artes da Fundação Catarinense de Cultura

Restaurante Lua Natural

Pura Vida, pousada. www.puravidabrasil.ch

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Fazedores de deserto





(...) Eis o que nos tornamos: fazedores de deserto. Nascidos na adundância biodiversa, o aquecimeto global parece ser mero sintoma de nossa real síndrome: o "Esquecimento Global".

Nos esquecemos que somos seres vivos, organismos com funções vitais e necessidades básicas. Nos esquecemos que somos integrates de um rico e complexo sistema vivo, planeta água, o qual batizamos Terra. Nos esquecemos que Terra é viva, que terra respira. Seguimos extraindo seiva de redutos profundos a fim de extender tapetes negros para nossos reis sobre rodas. Ipermeabilizamos o solo, impedimos o regarregamento de nossos lençois freáticos e literalmente estamos CAGANDO.

É, o que parece nos unir hoje é o destino de nossa merda. Que vai descarga a baixo rumo ao córrego mais próximo que gentilmente e incalsável segue seu instinto e flue. Levando nossa merda para sabe-se lá onde e contribuindo para nosso "esquecimento global"...

O que nos resta de solo permeável na cidadae de São Paulo, deveria ser tomado como patrimônio da humanidade e ser tombado! Mas preferimos tombar árvores, que gentilmente aeram o solo, controlam naturalmete a pressão e fixam nutrientes no mesmo, bombeiam nossos lençois freáticos, geram micro-climas, amenizam a temperatura, tranformam luz solar em alimento, sequestram carbono e doadoam-nos oxigênio. Inúteis! Precisamos mesmo é de mais espaço para nossos carros, precisamos canalizar e pavimentas fundos de várzea e seguir em linha reta rumo ao abismo...

Abismada sigo comunicando...

Casa Verde_ video revista TPM

maniFesta junina praça Elis Regina



pra saber mais

agenda junina do guerrilheiro urbano 2009

Salve guerrilheiros urbanos,

diante da atual conjuntura resolvi divulgar alguns dos encontros e movimentos que me parecem centrais na vida paulistana deste final de junho:

26/06 sexta 18:00 hs
Bicicletada Junina
Praçado ciclista , paulista com consolação
http://www.biciclet ada.org/Junina20 09


28/06 domingo as 10:00 horas
Pedal Verde está luto
Praça ciclista , paulistacom consolação
http://pedalverde. wordpress. com/

28/06 domingo as 14:00 horas
maniFesta junina Praça Elis Regina,
Rua Corifeu depois da casa do norte.
ocupação cultural em proteção à praça Elis Regina, ameaçada pelo projeto de construção de um túnel que também pretende invadir e desmatar o parque previdencia.

29/06 segunda 20:00 horas
Debate Nova Marginal Tiête: a vitória do automóvel sobre o rio e a cidade
Rua rodesia 398 vila madalena
http://www.casadaci dade.org. b

29/06 segunda 19:00 horas
audiência pública sobre revisão do plano diretor da cidade de São Paulo
Sesc Consolação Dr. Vila Nova 245

30/06 terça 19:00 horas
audiência pública sobre revisão do plano diretor da cidade de São Paulo
Sesc Pinheiros
Rua Paes Leme 195

1/07 quarta 19:00
audiência pública sobre revisão do plano diretor da cidade de São Paulo
Sesc Santana
Rua Luiz Dumont Villares 579

Pedal verde está de luto


O Pedal Verde e a Bicicletada SP estão organizando um encontro de ciclistas, pedestres e moradores da cidade de São Paulo para conhecer pessoalmente o andamento das obras do projeto de ampliação da Marginal Tietê!!! Indo completamente na contramão do que seria o desenho estratégico de uma cidade sustentável, dentre os enormes impactos negativos que esta obra trás, damos destaque à:

* eliminação de diversas árvores com mais de 50 anos de vida, que cumprem papel ecológico importantíssimo no equilíbrio climático e da poluição da marginal;
* impermeabilização dos canteiros centrais que cuidam da manutenção de escoamento das nossas águas evitando enchentes;
* impossibilitam a moradia para avifauna e outros seres vivos que cumprem papel ambiental na cidade;
* no transplante de árvores que está sendo realizado, com certeza muitas não sobreviverão

Mesmo que hoje a Marginal do Rio Tietê esteja distante de ser como a sociedade deseja – um local de convivência em harmonia com uma fonte de vida – esse projeto assina o decreto de morte para que um dia possamos a voltar a viver juntos e de forma saudável junto do Rio Tietê, indo completamente na contramão de projetos realizados em diversas cidades pioneiras do mundo - um retrocesso de mais de 40 anos no pensamento humano!!!

Vamos nos unir neste domingo, levar nossos amigos e família num encontro para tomarmos conciência da dimensão do impacto desta obra, e refletir se realmente é isso que queremos para o futuro de nossa cidade!!!

Lembramos que é importante levar:

* água para hidratação
* lanche
* máquina fotográfica para registrar a oportunidade histórica de estar em uma área verde que já está sendo rapidamente consumida
* muita vontade de trocar conhecimentos e histórias com as pessoas participantes e refletir sobre os caminhos da nossa cidade


Pedal Verde para conhecer as obras de ampliação da Marginal Tietê

Domingo, 28/06/2009

1° Ponto de Encontro (10h): Pedalada saindo da Praça d@ Ciclista (Av. Paulista x Rua da Consolação)
Trajeto que será realizado pelas bicicletas a partir da praça

2° Ponto de Encontro (12h): Ponte das Bandeiras
Não é necessário ir de bicicleta, a estação de metrô mais próxima é a Tietê

Matérias sobre a ampliação da Marginal Tietê:

Blog do Milton Jung
CicloBR
Apocalipse Motorizado

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Pedal Verde
Bicicletada SP

terça-feira, 12 de maio de 2009

domingo, 26 de abril de 2009

"Por que criminalizar a pecuária na Amazônia?"

por João Meirelles Filho*

A maior atividade ilegal da Amazônia é a pecuária bovina extensiva. Não é o tráfico de drogas ilícitas, a biogrilagem, a extração ilegal de madeira ou o garimpo.

Estes movimentam pouco dinheiro e pouca gente se comparados à pecuária. É crime contra os habitantes da Amazônia, pois mais da metade da carne consumida na própria região é abatida, transportada e vendida de forma clandestina, sem condições de higiene, burlando o fisco e a todos nós.

É crime de lesa-humanidade, ao ser o principal fator de emissão de gases que contribuem para as mudanças climáticas globais – carbono e metano, principalmente. Isto envergonha o Brasil perante o mundo, pois o mostra como um país incompetente.

Enquanto as outras nações se preocupam com o clima, o Brasil faz da Amazônia uma grande e desavergonhada fogueira. Em 30 anos, nós, os brasileiros, desmatamos 70 milhões de hectares na Amazônia, uma área maior que Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo juntos.

Pior, anualmente queimamos boa parte desta área, mesmo sendo proibido, porque é mais fácil e mais barato limpar o pasto por meio do fogo e, como ninguém fiscaliza mesmo...
É crime contra o fisco estadual e federal, ao esconder mais de 5 milhões de cabeças de gado pastando sossegadamente nos grotões das fazendas. Gado que é transportado e abatido clandestinamente e vai financiar a grilagem de mais terras e a retirada de mais madeira ilegal.
É crime ambiental, ao não respeitar sequer o Código Florestal, esse instrumento legal da década de 1960, uma vez que não há uma única fazenda de pecuária extensiva na Amazônia que possa ser considerada legal. As áreas de proteção permanente (APPs) são ignoradas e as reservas legais são raramente cumpridas. As microbacias são pisoteadas e interrompidas, as margens dos cursos d’água não são respeitadas, as queimadas são mais comuns do que se imagina, a caça prossegue até o extermínio, os habitats críticos são desconsiderados, assim como a complexa biodiversidade e as espécies ameaçadas.

Enfim, o ambiente nativo é um inimigo a ser extinto e substituído pelo capim exótico.
O boi, outra espécie exótica e invasora, ocupa o espaço que deveria ser dos ambientes e da fauna naturais. É crime trabalhista, ao empregar, informalmente, sem condições mínimas de trabalho – moradia para o trabalhador e sua família, transporte, local para refeições, equipamentos de segurança –, a maior parte dos 500 mil trabalhadores do setor. A maioria de trabalhadores libertados em regime análogo à escravidão o foram de fazendas de pecuária da Amazônia.

É crime fundiário, ao invadir 50 milhões de hectares de terras públicas (duas vezes a área do Estado de São Paulo) e procurar, por meios espúrios, legalizar a propriedade dessa terra, com grandes vantagens ao proprietário e imensas perdas à União e a cada brasileiro. Essa usurpação hoje é matéria de escândalo nacional – a Medida Provisória (um instrumento da ditadura) de número 458, que legaliza a posse dos grileiros que ocupam terras de 400 a 1.500 hectares.

É crime de lambança econômica, ao ignorar o maravilhoso potencial econômico dos ambientes naturais e preferir, em seu lugar, produzir ridículos 85 kg anuais de carne bovina por hectare e alcançar a desprezível renda anual de R$ 300 por hectare. Afinal, esses grileiros não pagaram pela terra e roubam-nos a madeira. Por que se sensibilizariam para a regra número 1 da economia privada: o retorno sobre o capital?

A pecuária brasileira é a altamente ineficiente e, com raras exceções, demonstra capacidade em avançar. Porque insistir na pecuária? Na Amazônia a pecuária apresenta um grau de ocupação inferior a uma unidade animal por hectare e oferece retorno sobre o capital inferior ao da caderneta de poupança (6% ao ano). Ou seja, o pecuarista ganharia mais dinheiro colocando seu capital em qualquer aplicação financeira que devastando a Amazônia. Mesmo economicamente, a atividade da pecuária da Amazônia não se justifica – seu impacto na economia brasileira é desprezível: menos de 0,5% do PIB do Brasil. Por que, então, insistir nessa atividade?

É crime social e cultural, ao perpetuar o atraso deste país. Um país ocupado pela ditadura da pata do boi e de seus coronéis é o símbolo do atraso, do desrespeito à cultura e aos direitos básicos dos cidadãos.

É crime ao ser a principal causa de mortes e violência no campo, atingindo especialmente as populações tradicionais. A pecuária torna o Brasil um campo de concentração, protegido por capangas ilegais, que alimenta a corrupção política e a lavagem de dinheiro que tanta energia e recursos sorve da nação.

A pecuária trata a Amazônia no atacado. Aceita-se passivamente a transformação anual de 1 milhão de hectares de florestas em pastos e a devassa anual de 100 mil hectares para o carvão vegetal ilegal e tantas áreas para a soja e outras atividades. Diante da pecuária, um conhecimento de 10 mil anos – a cultura da floresta tropical – não tem valor. O indivíduo, especialmente o das populações originais, nada representa, é um estorvo.

O que vale são os milhares de hectares de pastos sujos e malcuidados, desertos humanos, tendo como moldura o paliteiro de castanheiras e árvores queimadas, de braços abertos, a pedir socorro. Se os conhecimentos atuais da agrofloresta (comprovados pelo Instituto de Permacultura da Amazônia) e da aquicultura (vide Embrapa e outros) permitem a uma família viver dignamente com 1 hectare de agrofloresta e aqüicultura, por que insistir nas dinossáuricas fazendas de boi de 500, 1.000, 5.000 e 50.000 hectares?

O que queremos para a Amazônia? Como explicar a nossos filhos (e a nós mesmos) que, na Amazônia, passamos de um rebanho de menos de 2 milhões de cabeças, em 1964, antes do golpe militar, para uma boiada de 75 milhões de cabeças, mais do que em toda Europa, e equivalente a um terço do gado do Brasil? Como será a Amazônia daqui a dez anos, com o aumento de 5 milhões de cabeças de gado por ano? Como explicar que quem precisa de dinheiro para comprar boi e limpar pasto tem crédito fácil? Ou melhor, como explicar os R$ 6,7 bilhões emprestados pelo BNDES, o Banco da Amazônia e outros lautos cofres da nação dos brasileiros aos grandes grupos frigoríficos, em boa parte para emprego na Amazônia? Isso significa que cada um de nós, brasileiros, estamos doando aos frigoríficos R$ 33,50. Diante disso, doações de países como a Noruega para o Fundo Amazônia parecem ações do jogo infantil banco imobiliário.

Ao mesmo tempo, porque é tão difícil o acesso a crédito para as atividades sustentáveis, de reflorestamento, as florestas de alimento, a aquicultura, especialmente ao milhão de famílias de pequenos agricultores da Amazônia, entre as quais estariam as populações tradicionais, atualmente com menos direitos que o boi que pisa a Amazônia?

Como explicar o desinteresse do poder público, em suas diversas esferas, por discutir a verdadeira causa de destruição da Amazônia: o aumento desenfreado do consumo de carne bovina e o deslocamento de sua produção para a Amazônia?
Haverá tantos pecuaristas no Congresso Nacional e no Executivo e no Judiciário para fechar a porteira dessa discussão?

Não seria o momento de declarar uma moratória na concessão de crédito para a pecuária e nas licenças para frigoríficos na conversão de florestas e ambientes naturais em pasto para mais boi? Pelo menos até que a Constituição Federal, que considera a Amazônia patrimônio nacional, fosse efetivamente cumprida? O que queremos nós, brasileiros?
Mais duzentas gramas de bife ilegal e pretensamente barato (pois não pagam as externalidades sociais e ambientais) em nossos pratos ou a Amazônia conservada e suas populações respeitadas? As recentes pesquisas do DataFolha e do Amigos da Terra não deixam dúvidas quanto à opção do brasileiro pela Amazônia integral. Da mesma forma, os estudos do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), do Instituto Socioambiental (ISA), do Greenpeace e de outras organizações, e o espaço aberto pela mídia, como a Rede Globo, denotam a gravidade e a urgência da questão amazônica. O discurso que até agora se qualificava de conversa para boi dormir (para diminuir sua força), de “ambientalista”, de “verde”, hoje é preocupação central do brasileiro.

O país precisa decidir hoje se quer ser o curral do mundo, onde pastarão os bois do planeta, ou se quer a Floresta Amazônica e seus habitantes. Na verdade, os brasileiros precisam decidir se querem continuar sob o cabresto e no curral dos pecuaristas ou se querem assumir plenamente a sua cidadania e exercer seus direitos.

O Congresso Nacional, ao propor uma lei que considere crime a pecuária bovina extensiva na Amazônia, despertará um ciclo virtuoso de inovação científica e tecnológica e de geração de emprego e renda sem precedentes nos 400 anos de maus-tratos e desprezo à Amazônia. Com os conhecimentos atuais, é possível, em dez anos, retirar o boi da Amazônia, substituir os seus 70 milhões de hectares por 10 milhões de hectares de agrofloresta, dobrar a área de florestas energéticas do Brasil, com o plantio de 6 milhões de hectares, além de 100 mil lagos de aquicultura cabocla (para obter a proteína animal que o mercado deseja), gerar 5 milhões de empregos e, de quebra, recuperar pelo menos outros 20 milhões de hectares para cumprir a legislação, tornando-os áreas de proteção permanente e reservas legais.

Trata-se, sem dúvida, no país que ama os superlativos, do maior programa de restauração ambiental e reflorestamento jamais pensado para o planeta.
O consumidor não precisa esperar que o Congresso desperte. Pode, agora mesmo, exigir os seus direitos, seja pelo voto, seja na gôndola do supermercado. Por que não perguntar ao seu fornecedor de onde vem a carne que lhe é oferecida? Não é este um direito básico do consumidor? Por que continuar a comprar carne de quem não lhe dá essa informação? As três grandes redes varejistas – Pão de Açúcar, Wal-Mart e Carrefour – se candidatariam ao Premio Nobel da Paz ao assumirem o compromisso de que, a partir de hoje, não adquiririam um só quilo de carne da Amazônia e respeitariam o consumidor, ao informar exatamente de onde vem a carne à venda.

É preciso desarmar essa bomba-relógio Em alguns dias, as chuvas amainarão e as motosserras urrarão na calada da noite, engolindo, este ano, mais 1 milhão de hectares de florestas. As festas juninas trarão a pirotecnia nacional e a queima de mais de 25 milhões de hectares de pastos sujos. E o fogo entrará silenciosamente, na floresta (uma área maior que a do Estado de São Paulo). Se a pecuária bovina é o carrapato que suga o Brasil e nos faz adoecer, porque insistimos no boi como símbolo de riqueza e motor do progresso?

Por que escolhemos o pior conversor de energia, que precisa comer 8 kg de alimento para transformar em 1 kg de carne? Com todos os avanços tecnológicos não haveria algo mais inteligente a fazer? Se a pecuária é a droga que entorpece o país, não seria o momento de transformar o BNDES no Banco Nacional de Substituição da Pecuária, para desarmar essa bomba-relógio que nos levará à bancarrota econômica e ao colapso social e ambiental?

E por que não criar as Escolas Nacionais de Reciclagem de Pecuaristas?
Elas colocariam em prática o conhecimento disponível dos povos originais, da academia, dos centros técnicos, das ONGs e das empresas modernas, pelos quais a Amazônia se apresenta como jardim de oportunidades, a floresta de alimentos, espaço para o ecoturismo e para a retenção de carbono (com mecanismos como o do desmatamento evitado – REDD) e onde as terras indígenas, quilombolas e unidades de conservação sejam respeitadas e sejam sustentáveis.

Afinal, quem somos nós? O gado tocado pelos pecuaristas ou os cidadãos que se respeitam, respeitam esta nação e estão comprometidos com a sobrevivência da humanidade no único planeta de que dispomos?

* João Meirelles Filho é autor do Livro de Ouro da Amazônia, descendente de incontáveis gerações de pecuaristas, e trabalha no Instituto Peabiru, pela substituição da pecuária bovina por atividades dignas e sustentáveis.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Sua pressa vale uma vida???






Márcia Regina morre atropelada por ônibus em plena Av. Paulista. A ciclista era cicloativista e tinha a bicicleta como meio de transporte e filosofia de vida.

O Movimento Bicicletada SP, prestou homenagens à Márcia, não apenas em mémoria à mesma mas também como forma de protesto, denuncia e consientização dos motoristas e da população em geral. Como diria Gira "Sua pressa vale uma vida"?
Integrantes do movimento plantaram uma árvore na Av. Paulista e realizam um ato em mémoria à moça, tradicional quando ocorre a morte de um ciclista. A bicicleta fantasma, toda pintada de branco e enfeitada de rosas foi colocada num canteiro da Paulista próximo ao local do crime.

Márcia fazia parte do grupo Bicicletada e assinava o Manifesto dos Invisíveis, documento que pede a adoção da bicicleta como meio de transporte, com mais investimentos na construção de ciclovias. "Ela não usava ônibus, não tinha carro, fazia tudo de bicicleta", disse o arquiteto Daniel Ingo, companheiro de passeios de Márcia. "No domingo mesmo fomos para a praia pedalando." Para o ciclista Albert Pelegrini, que também faz parte do Bicicletada, Márcia foi vítima de uma disputa que acontece todos os dias no asfalto da Paulista. "É uma manobra padrão dos ônibus acelerar e fechar a bicicleta", diz. "A gente fica sem saída. A Márcia era experiente, o problema é que sempre tratam a gente como uma coisa invisível."

A massagista é mais uma vítima da guerra diária que envolve motoristas, motociclistas, pedestres e ciclistas. Todos os dias, o trânsito de São Paulo mata em média 4,3 pessoas e fere com alguma gravidade pelo menos outras 72 - uma "epidemia" que faz mais vítimas fatais que aids, insuficiência cardíaca e tuberculose, conforme revelou o Estado em setembro.

Sua pressa vale uma vida?
Seu conforto vale seu pulmão?
Seu conformismo é do tamanho do seu medo?

sem mais...



O relato do Diário de S.Paulo é sucinto:

Uma ciclista, de 40 anos, morreu após ser atropelada por um ônibus, na Avenida Paulista, no sentido Consolação, na região dos Jardins. O acidente ocorreu quase na frente do prédio da Fundação Casper Líbero, na pista da direita. Márcia Regina de Andrade Prado circulava perto do meio-fio quando o motorista a ultrapassou. Uma testemunha diz que o motorista bateu no guidão da bicicleta. Ela se desiquilibrou, caiu e o coletivo passou por cima dela. O motorista Mario José de Oliveira, de 53 anos, trabalha desde 1981 e diz que nunca havia se envolvido em acidentes. Ele relatou à reportagem que ela estava no meio da faixa. Ele avançou na segunda faixa para ultrapassá-la. Quando ele retornava para a faixa da direita, ouviu o barulho e parou.

- Tenho a consciência tranquila. Lamento muito a morte de uma pessoa, mas sei que não tive culpa - disse.

Manifestações de luto


/ Homenagem à ciclista Márcia Prado:

QUINTA (15/01), às 18h


/ Bicicletada da Memória: Márcia Prado

SEXTA (16/01), concentração às 18h, pedalada às 20h


Local: Praça d@ Ciclista - Av. Paulista x Rua da Consolação

Manifesto dos invisiveis

Motorista, o que você faria se dissessem que você só pode dirigir em algumas vias especiais, porque seu carro não possui airbags? E que, onde elas não existissem, você não poderia transitar?

Para nós, cidadãos que utilizam a bicicleta como meio de transporte, é esse o sentimento ao ouvir que “só será seguro pedalar em São Paulo quando houver ciclovias”, ou que “a bicicleta atrapalha o trânsito”. Precisamos pedalar agora. E já pedalamos! Nós e mais 300 mil pessoas, diariamente. Será que deveríamos esperar até 2020, ano em que Eduardo Jorge (secretário do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo) estima que teremos 1.000 quilômetros de ciclovias? Se a cidade tem mais de 17 mil quilômetros de vias, pelo menos 94% delas continuarão sem ciclovia. Como fazer quando precisarmos passar por alguma dessas vias? Carregar a bicicleta nas costas até a próxima ciclovia? Empurrá-la pela calçada?

Ciclovia é só uma das possibilidades de infra-estrutura existentes para o uso da bicicleta. Nosso sistema viário, assim como a cidade, foi pensado para os carros particulares e, quando não ignora, coloca em segundo plano os ônibus, pedestres e ciclistas. Não precisamos de ciclovias para pedalar, assim como carros e caminhões não precisam ser separados. O ciclista tem o direito legal de pedalar por praticamente todas as vias, e ainda tem a preferência garantida pelo Código de Trânsito Brasileiro sobre todos os veículos motorizados. A evolução do ciclismo como transporte é marca de cidadania na Europa e de funcionalidade na China. Já temos, mesmo na América do Sul, um grande exemplo de soluções criativas: Bogotá.

Não clamamos por ciclovias, clamamos por respeito. Às leis de trânsito colocam em primeiro plano o respeito à vida. As ruas são públicas e devem ser compartilhadas entre todos os veículos, como manda a lei e reza o bom senso. Porém, muitas pessoas não se arriscam a pedalar por medo da atitude violenta de alguns motoristas. Estes motoristas felizmente são minoria, mas uma minoria que assusta e agride.

A recente iniciativa do Metrô de emprestar bicicletas e oferecer bicicletários é importante. Atende a uma carência que é relegada pelo poder público: a necessidade de espaço seguro para estacionar as bikes. Em vez de ciclovias, a instalação de bicicletários deveria vir acompanhada de uma campanha de educação no trânsito e um trabalho de sinalização de vias, para informar aos motoristas que ciclistas podem e devem circular nas ruas da nossa cidade. Nos cursos de habilitação não há sequer um parágrafo sobre proteger o ciclista, sobre o veículo maior sempre zelar pelo menor. Eventualmente cita-se a legislação a ser decorada, sem explicá-la adequadamente. E a sinalização, quando existe, proíbe a bicicleta; nunca comunica os motoristas sobre o compartilhamento da via, regulamenta seu uso ou indica caminhos alternativos para o ciclista. A ausência de sinalização deseduca os motoristas porque não legitima a presença da bicicleta nas vias públicas.

A insistência em afirmar que as ruas serão seguras para as bicicletas somente quando houver milhares de quilômetros de ciclovias parece a desculpa usada por muitos motoristas para não deixar o carro em casa. “Só mudarei meus hábitos quando tiver metrô na porta de casa”, enquanto continuam a congestionar e poluir o espaço público, esperando que outros resolvam seus problemas, em vez de tomar a iniciativa para construir uma solução.

Não podemos e não vamos esperar. Precisamos usar nossas bicicletas já, dentro da lei e com segurança. Vamos desde já contribuir para melhorar a qualidade de vida da nossa cidade. Vamos liberar espaços no trânsito e não poluir o ar. Vamos fazer bem para a saúde (de todos) e compartilhar, com os que ainda não experimentaram, o prazer de pedalar.

Preferimos crer que podemos fazer nossa cidade mais humana, do que acreditar que a solução dos nossos problemas é alimentar a segregação com ciclovias. Existem alternativas mais rápidas e soluções que serão benéficas a todos, se pudermos nos unir para construirmos juntos uma cidade mais humana.

A rua é de todos. A cidade também.

Nós, ciclistas, que também somos o trânsito:

Adriana de Oliveira Branco
Afonso Savaglia (http://www.savaglia.com.br)
Alberto Pellegrini
Alex Gomes ( U-Biker )
Alexandre Afonso
Alexandre Catão
Alexandre Loschiavo (Sampabiketour - www.sampabiketour.blogspot.com (external link))
Alexandre Palmieri (Kampa.com.br )
Alonzo "Chascon" Zarzosa (Terrorista Latino - www.terroristalatino.blogspot.com (external link))
Álvaro Diogo
Ana Paula Cross Neumann (Aninha - http://aninhaneumann.blogspot.com/) (external link)
Andre Galhardo
André Mezabarba (Belo Horizonte, MG)
André Pasqualini (CicloBR - http://www.ciclobr.com.br) (external link)
André Vinicius Mulho da Costa (Florianópolis, SC)
Antonio Lacerda Miotto (Pedalante - http://www.pedalante.blogspot.com/) (external link)
Arlindo Saraiva Pereira Junior (Nighto - http://nighto.net/) (external link)
Aylons Hazzud
Ayrton Sena Santos do Nascimento
Beto Marcicano (Super Ação! - http://superacaoblog.blogspot.com/) (external link)
Bruno Canesi Morino
Bruno Cézar Grego (No Nose)
Bruno de Crudis Rodrigues
Bruno Giorgi Crisóstomo Ianoni
Bruno Gola
Bruno Rodrigues
Caio Yamazaki Saravalle
Carlos Cabral
Cármen Sampaio Amendola
Carolina Spillari
Célia Choairy de Moraes
Chantal Bispo (Eu vou voando - http://www.euvouvoando.blogspot.com/) (external link)
Chico Macena (www.chicomacena.com.br (external link))
Daniel Ingo Haase (FAHRRAD - http://www.fahrad.multiply.com/) (external link)
Daniel Albuquerque
Daniel das Neves Magalhães
Daniel Moura (Maceió, AL)
Daniel Ranieri Costa (São Paulo, SP)
Daniela Pastana Cuevas
Danilo Martinho May
Drielle Caroline Alarcon
Eduardo Girão (www.estudiogirao.com.br)
Eduardo Lopes Merege
Eduardo Marques Grigoletto (CicloAtivando - http://cicloativando.blogspot.com/) (external link)
Evelyn Araripe
Fabiano Faga Pacheco
Fabricio Mouret
Fabrício Zuccherato (pedal-driven - http://pedaldriven.wordpress.com/) (external link)
Flávio "Xavero" Coelho
Felipe Aragonez (Falanstérios - http://www.falansterios.blogspot.com/) (external link)
Felipe Antônio Paulon Fontes (Pensando Torto - http://pensandotorto.blogspot.com) (external link)
Felipe Martins Pereira Ribeiro
Felippe (Ciclo Urbano - http://blogciclourbano.blogspot.com/) (external link)
Fernando Guimarães Norte
Filipe Franco de Souza
Francisco Pellegrini
Frank Barroso (Movimento Cidade Futura - http://www.nacidadesemmeucarro.org.br (external link) )
Gabriel Silveira de Andrade Antunes (Brasília, DF)
Gerhard Grube
Guilherme Henrique Maruyama da Costa
Gustavo Bianchini (Total Bike - http://www.totalbike.com.br/) (external link)
Gustavo Fonseca Meyer
Hélio Wicher Neto
Henrique Boney (www.boney.com.br (external link))
Henrique Mogadouro da Cunha
Hilton Luis Moreira Bulhões
Ian Thomaz (Enquanto não HáFogo - www.hafogo.blogspot.com (external link))
Isaac Akira Kojima (Total Urbs - http://totaurbs.blogspot.com) (external link)
Jeanne Freitas Gibson
João Guilherme Lacerda
Joao Paulo Pedrosa (Malfadado, o contestatário - http://www.malfadado-o-contestatario.blogspot.com/) (external link) (Portugal)
Joel Pinheiro
José Alberto F. Monteiro
José Paulo Guedes Pinto (Ecologia Urbana - http://ecourbana.wordpress.com/) (external link)
Juliana Mateus
Juliana da Silva Diehl
Júlio Boaro
Jupercio Juliano de Almeida Garcia
Kelaine Azevedo
Keline Cajueiro Campos Barreto
Laércio Luiz Muniz (Onipresente Ausente - http://outforlunch.blogspot.com/) (external link)
Larissa Xavier Neves da Silva (Porto Alegre, RS)
Lauro Martins de Oliveira
Leandro Cascino Repolho
Leandro Coletto Biazon
Leandro Kruszielski (meandros - http://meandros.wordpress.com/) (external link)
Leandro Valverdes
Leonardo Américo Cuevas Neira
Lewis Clementino da Silva
Lincoln Eduardo Paiva
Luciano César Marinho
Luciano Ogura Buralli
Lucien Constantino (Lilx)
Luis Sorrilha (BIGSP - http://bigsp.blogspot.com/) (external link)
Luiz Humberto Sanches Farias
Maíra Rosauro Zasso (Desembuchando - http://desembuchando.wordpress.com) (external link)
Manuela Ortiz
Marcel Manzano Lima
Marcelo Bunscheit (Roda28 - Roda28.com.br)
Marcelo de Almeida Siqueira (http://www.bicicuba.blogspot.com) e (http://www.galeriadoartista.com.br)
Marcelo Império Grillo (MIG)
Márcia Regina de Andrade Prado
Márcio Campos
Marcos Miranda Toledo (Belo Horizonte, MG)
Mariana Cavalcante (Gira-me - http://girame.wordpress.com/ (external link) )
Mariana Zdravca
Mariane Palhares
Mário Canna Pires
Marla Estima Vargas Ranieri Costa
Matias Mignon Mickenhagen
Mathias Fingermann
Maurício Rodrigues de Souza
Mauro Baraldi
Michelle Bertolazi Gimenes
Mila Molina
Neide Gaspar
Otávio Remedio
Paula Cinquetti
Paulo V. Delgado
Polly Rosa
Poti Campos (Pedivela - http://pedivela.blogspot.com) (external link)
Rafael Dias Menezes
Rafael Ehlert (Porto Alegre, RS)
Rafael Rodolfo Chacon
Renata Falzoni (falzoni.com - nightbikers - espn/renatafalzoni)
Renato Kairalla Costa (Tinho) (Se Locomovendo na Selva de Pedra - http://selvadepedra.wordpress.com/) (external link)
Renato Panzoldo
Ricardo Lacerda Bruns
Ricardo Nunes (ExtremeFunBikes - www.extremefunbikes.co.cc (external link))
Ricardo Shiota Yasuda
Ricardo Sobral (Bicicleta na Cidade - http://bicicletanacidade.blogspot.com) (external link)
Roberto Piani
Rodrigo Arnoud
Rodrigo Mendonça (www.blog.caminhosturismo.com)
Rodrigo Navarro
Rodrigo Sampaio Primo
Rodrigo Squizato (Blog da Terra - http://blogdaterra.com.br) (external link)
Ronaldo Toshio Ciclista Toshio
Silvia Düssel Schiros (Faça a sua parte - http://verbeat.org/blogs/facaasuaparte) (external link)
Silvio Duarte Moris (http://silviobikersp.multiply.com)
Silvio Tambara (Na medida do humano - http://namedidadohumano.blogspot.com/) (external link)
Soraia Lopes de Miranda Silva (Brasília, DF)
Talita Oliveira Noguchi
Thatiane Hijano Costa
Thiago Benicchio (Apocalipse Motorizado - http://apocalipsemotorizado.net/) (external link)
Vado Gonçalves (cicloativismo - www.moonlightbikers.com.br (external link))
Verônica Mambrini
Victor Kazuo Teramoto (TASCidade - Transforme Agora Sua Cidade - http://transformesuacidade.blogspot.com/) (external link)
Victor Y. G. Takayama
Vinicius de Araujo Sant' Ana
Vinicius Zanona (Guarapuava, PR)
Vitor Leal Pinheiro (Quintal - http://nossoquintal.org/) (external link)
Wadilson (www.wde.com.br/bike/passeios.htm)
Willian Cruz (Vá de Bike! - http://freeride.blig.com.br/) (external link)
Yorik von Havre