domingo, 25 de janeiro de 2009

Sua pressa vale uma vida???






Márcia Regina morre atropelada por ônibus em plena Av. Paulista. A ciclista era cicloativista e tinha a bicicleta como meio de transporte e filosofia de vida.

O Movimento Bicicletada SP, prestou homenagens à Márcia, não apenas em mémoria à mesma mas também como forma de protesto, denuncia e consientização dos motoristas e da população em geral. Como diria Gira "Sua pressa vale uma vida"?
Integrantes do movimento plantaram uma árvore na Av. Paulista e realizam um ato em mémoria à moça, tradicional quando ocorre a morte de um ciclista. A bicicleta fantasma, toda pintada de branco e enfeitada de rosas foi colocada num canteiro da Paulista próximo ao local do crime.

Márcia fazia parte do grupo Bicicletada e assinava o Manifesto dos Invisíveis, documento que pede a adoção da bicicleta como meio de transporte, com mais investimentos na construção de ciclovias. "Ela não usava ônibus, não tinha carro, fazia tudo de bicicleta", disse o arquiteto Daniel Ingo, companheiro de passeios de Márcia. "No domingo mesmo fomos para a praia pedalando." Para o ciclista Albert Pelegrini, que também faz parte do Bicicletada, Márcia foi vítima de uma disputa que acontece todos os dias no asfalto da Paulista. "É uma manobra padrão dos ônibus acelerar e fechar a bicicleta", diz. "A gente fica sem saída. A Márcia era experiente, o problema é que sempre tratam a gente como uma coisa invisível."

A massagista é mais uma vítima da guerra diária que envolve motoristas, motociclistas, pedestres e ciclistas. Todos os dias, o trânsito de São Paulo mata em média 4,3 pessoas e fere com alguma gravidade pelo menos outras 72 - uma "epidemia" que faz mais vítimas fatais que aids, insuficiência cardíaca e tuberculose, conforme revelou o Estado em setembro.

Sua pressa vale uma vida?
Seu conforto vale seu pulmão?
Seu conformismo é do tamanho do seu medo?

sem mais...



O relato do Diário de S.Paulo é sucinto:

Uma ciclista, de 40 anos, morreu após ser atropelada por um ônibus, na Avenida Paulista, no sentido Consolação, na região dos Jardins. O acidente ocorreu quase na frente do prédio da Fundação Casper Líbero, na pista da direita. Márcia Regina de Andrade Prado circulava perto do meio-fio quando o motorista a ultrapassou. Uma testemunha diz que o motorista bateu no guidão da bicicleta. Ela se desiquilibrou, caiu e o coletivo passou por cima dela. O motorista Mario José de Oliveira, de 53 anos, trabalha desde 1981 e diz que nunca havia se envolvido em acidentes. Ele relatou à reportagem que ela estava no meio da faixa. Ele avançou na segunda faixa para ultrapassá-la. Quando ele retornava para a faixa da direita, ouviu o barulho e parou.

- Tenho a consciência tranquila. Lamento muito a morte de uma pessoa, mas sei que não tive culpa - disse.

Manifestações de luto


/ Homenagem à ciclista Márcia Prado:

QUINTA (15/01), às 18h


/ Bicicletada da Memória: Márcia Prado

SEXTA (16/01), concentração às 18h, pedalada às 20h


Local: Praça d@ Ciclista - Av. Paulista x Rua da Consolação

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